quarta-feira, 31 de março de 2010

Hoje escrevo para ti Pedro...sim mesmo para ti.
Quase que aposto que ficaste a olhar para o monitor e a dizer:Eh lá ou algo semelhante...
Escrevo com base no teu post e achei que às tantas eu também tenho algumas considerações a fazer. Por mais madrasta que a vida às vezes é não podemos ser tão negativos. As más memórias que o amor por vezes nos trás são aquelas que nos fazem amadurecer e a "esgravatar" ainda mais durante a vida, porque o ser humano é curioso por natureza e inconformado o suficiente para não baixar os braços. As más memorias e a dor que por vezes nos tráz aumenta-nos as nossas defesas para o futuro. Discordo contigo no que toca ao feliz daquele que nunca amou. Infeliz,sim, que nunca o fez porque também não vai saber dar o valor a algo de bom que possa surgir. Portanto,perante isto digo-te deixa-te levar pela maré mas sempre com uma corda a segurar-te no bom porto,para não divagares em rotas maritimas que não valem a pena.. E sim hoje sou eu que estou com a veia poética....
Dorme bem e beijo grande...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Passados 20 anos voltei a encontrar-te e sentir-te dentro de mim,sentir cada bocadinho de ti a entrar....Calma minha gente que tou a falar da penicilina...hehe. La fui eu ao medico outra vez,era preciso droga mais forte...venha ela e sim estou melhor....beijinhos para todos

domingo, 28 de março de 2010

Não está facil minha gente...a idade dá nisto:na capacidade de tudo nos pegar menos o dinheiro.....

sábado, 27 de março de 2010



Imagem publicada em www.carlosfran.com


Meu Deus!! Já não me lembrava de estar assim tão doente....fui obrigada a ir ao medico para me drogarem como se não houvesse amanhã. Como se não bastasse tenho uma afta na ponta da lingua minha gente,sim sem eu querer volto a estar em forma,porque não consigo comer,mas digo-vos falo francês que é uma categoria! ;) Esta tarde tive na caminha,ao menos vi tudo o que era série que tinha falhado nos canais da Fox e ainda dormi agarradinha ao meu Simba....(lá estava bem disposto para me dar mimo). Tenho a dizer abençoada droga senão tava tramada.

Bejufas a todos....

quinta-feira, 25 de março de 2010


Imagem publicada em amazon.com


Tou doente:sim é oficial. Doi a garganta a menina...sim sou uma flor de estufa!!!;)

Mas vim hoje aqui para vos contar da minha viagem de ontem.... Precisava de sair daqui. Com tanta coisa na cabeça para digerir precisava de um tempo para mim:sim eu comigo.... Posto isto meto-me no carro e la fui eu. Destination:Guimarães - Concerto de Nouvelle Vague!!! E digo-vos,foi a melhor coisa que podia ter feito!! Deu para tudo:chorei,sorri,ri,acima de tudo estravazei tudo o que tinha cá dentro. Obrigado Nouvelle Vague por terem pedido ao publico para gritar:FUCK!!!! Aí mandei tudo o que tinha contigo mesmo para esse sitio.....Proximo concerto:Gotan Project!! Será que consigo???? A ver vamos.....

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mais um dia daqueles....inerte,preguiçoso e sem sentido...
Um sol radioso lá fora mesmo a dizer-me:anda mulher,mete-te no carro e vai desfilar...resultado fiquei em casa a ver TV agarrada ao meu Simbinha. Há dias assim, que dá para questionar tudo e por tudo em causa. Tudo e toda a gente,enfim...amanhã vai ser outro dia e bem melhor,quanto mais não seja porque vou ter de mesmo de sair e ir desfilar por aí... Por enquanto estou aqui agora a escrever estas palavras vãs e a ouvir Fever Ray (obrigado por me teres falado neste som). Como isto me relaxa....Hoje ficou este post sem nexo,apenas ficou um desabafo...

domingo, 21 de março de 2010

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Fernando Pessoa

quinta-feira, 18 de março de 2010

Hoje foi o dia do chega....
Chega de pressões, conversas sem nexo,discussões sem nexo e pessoas sem nexo.. Hoje foi o dia do chega...Chega de pessoas que às tantas não estando satisfeitas com as suas próprias vidas acham-se no direito de opinar sobre a vida dos outros tendo o desplante de interferir...minha gente get a life...
Hoje foi o dia do chega...chega de cobranças sem nexo. Cada macaco no seu galho e eu tenho a sorte de ter noção do meu e sim estou bem sozinha no meu galho...Quando quiser companhia não preciso de ajuda muitos menos de intervenção divina... Chega de gente básica que não tem visão periférica...a vida tem tanto para oferecer para quê limitarmo-nos a coisas insignificantes,para depois um dia mais tarde olharmos para trás e pensar: meu Deus perdi tanta coisa por ser tão obtuso...Façam um upgrade minha gente....

segunda-feira, 15 de março de 2010

Acho que está na altura de dizer algo da minha justiça sem ser através da poesia,se bem que as vezes ela consegue expressar-se melhor que eu... Mas pronto cá estou nos meus dias de folga, que quase são umas férias e no entanto a ter de ficar retida cá no Porto quando queria tanto ir para Lisboa....descomprimir faz tão bem. Paciência outras oportunidades surgirão. Agora centro-me em ir ver Nouvelle Vague em terras do fundador de Portugal,vamos ver se é desta,regra geral quando faço planos do que quer que seja corre sempre mal. Hoje fiz o meu dia sem carro,não correu mal de todo e tive com a minha Té. Sim a minha gostosa foi fazer solário. Porque sim uma gaja tem tratar de si... Por hoje é tudo...sim eu sei ando pouco faladora,mas há fases assim...Beijos a todos

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mea Culpa
Não duvido que o mundo no seu eixo
Gire suspenso e volva em harmonia;
Que o homem suba e vá da noite ao dia,
E o homem vá subindo insecto o seixo.
Não chamo a Deus tirano, nem me queixo,
Nem chamo ao céu da vida noite fria;
Não chamo à existencia hora sombria;
Acaso, à ordem; nem à lei desleixo.
A Natureza é minha mãe ainda...
É minha mãe... Ah, se eu à face linda
Não sei sorrir: se estou desesperado;
Se nada há que me aqueça esta frieza;
Se estou cheio de fel e de tristeza...
É de crer que só eu seja o culpado!
Antero de Quental

quinta-feira, 4 de março de 2010

Hoje não tá facil.......

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sim continuo na poesia hoje,mas este ultimo post dedico inteiramente ás minhas gajas. Este de William Shakespeare.... Para vocês meus pilares....



Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração
William Shakespeare
O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.
William Shakespeare
AFINAL
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso,
dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.
Sursum corda!
Erguei as almas!
Toda a Matéria é Espírito,
Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda!
Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam
Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda!
Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,
Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.
Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!
Sursum corda!
Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.
Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.
Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.
Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte ...
Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.
Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,
A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.
Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!
Álvaro de Campos